JÚBILO
por sobre meus ombros
um olhar desnuda teu corpo
tão impuro!
quanto a pureza virginal de Marias
‒ de todas marias ‒
mães de famintas prostitutas
que alimentam
os cadavéricos corpos
de todos os filhos famélicos
e cadavéricos
estirados na pedra da frialdade
para jubilar o deus-mercado
na seara do capitalismo

*João Batista do Lago, poeta maranhense, é também jornalista e articulista.
Você pode ter perdido
Um conto sensível e impactante de RUTE FERREIRA
OS SAPATOS DE FRANCISCO – Poema inédito de Viriato Gaspar
MEMÓRIAS DA “SEMANA SANTA” – Crônica afetiva de William Amorim