Sacada Literária

Cultura, crítica e divulgação

Escritor Beni Dya Mbaxi - Foto: https://choqueculturalbuique.com

O ENSINO DAS LITERATURAS AFROBRASILEIRAS

Renata da Silva de Barcellos

 

Este artigo visa apresentar sequências didáticas, nas quais os alunos fizeram a releitura de obras das literaturas afrobrasileiras em outros diversos modos e gêneros textuais orais e escritos. As propostas pedagógicas foram realizadas no Colégio Estadual José Leite Lopes/ NAVE RJ. Esta instituição oferece um ensino médio integral (das 7:00 às 17:00) e integrado à educação profissional (Mídias digitais e Programação de jogos), resultante da parceria entre a Secretaria Estadual de Educação do Rio de Janeiro com o Instituto OI Futuro. Trata-se de uma instituição de ensino integrado onde atividades são propostas das diversas disciplinas do núcleo comum e/ou com as do técnico. O público-alvo foram alunos do 2° e 3° anos do Ensino Médio. Dessa forma, foi realizado o processo da retextualização, cuja definição oi realizado o é a produção de um novo texto a partir de um ou mais textos-base (MARCUSCHI, 2010). Os resultados indicam que cabe à educação formal criar condições para que os educandos possam conhecer e se apropriar de diferentes modalidades textuais para torná-los competentes usuários da Língua Portuguesa e leitores e produtores de textos diversos. Como referencial teórico, apoiamo-nos nas considerações de Travaglia (2013) e Marcuschi (2010).

 

Introdução

No Brasil, urge o ensino da História e das Literaturas Afrobrasileiras de forma efetiva. Essas disciplinas propiciam a consciência e a reflexão acerca de injustiças cometidas no passado e no presente. Com a Lei 10.639, de 9 de janeiro de 2003 e, posteriormente, com a Lei 11.645, de 19 de novembro de 2008. Vale ressaltar a publicação das Diretrizes Curriculares Nacionais (2004) para a educação das relações étnico-raciais e para o ensino de história e cultura afro-brasileiras. A partir delas, cresceu a visibilidade em relação aos estudos sobre África, uma vez que foi instituída sua obrigatoriedade em todo o território brasileiro e em todos os níveis de ensino. Entretanto, atualmente, com a reforma nos currículos do Ensino Médio brasileiro, houve redução da carga horária das diversas áreas do conhecimento. Com isso, mesmo sendo lei, muitas vezes, não é cumprida a ementa do ensino da História e das Culturas Africanas. No Ensino Superior, quando ofertada, restringe-se a uma disciplina no curso de Licenciatura em Letras. Pesquisadoras formadas, em 2008, na graduação, não as estudaram. Um absurdo! Podem certificar isso na mesa-redonda sobre a produção literária de Elisa Lucinda (https://www.youtube.com/watch?v=2o2HtXMH9R8&t=4s). Nessa, podemos discutir além da obra da multiartista, a formação literária do aluno e a do professor.

Como na SEEDUC RJ, o estudo das Literaturas Africanas está prevista no terceiro bimestre, do terceiro ano, do Ensino Médio, na Escola Estadual José Leite Lopes (NAVE RJ), propomos aos alunos um panorama desde o início até a contemporaneidade. Dessa forma, acompanho a produção literária de escritores de expressão de Língua Portuguesa da atualidade, como: Beni Dya Mbaxi da Angola, Ernesto Moamba e Josina Viegas de Moçambique e Vera Duarte de Cabo Verde.

A seguir, apresentaremos práticas pedagógicas para divulgar a relevância da produção literária do jovem autor angolano Beni Dya Mbaxi e de Ernesto Moamba.

 

Prática pedagógica

Antes de entrarmos em uma sala de aula de Ensino Médio para ministrarmos aula de literaturas, precisamos ter consciência da corrente de estudos literários seguida e da definição desta disciplina. Para isso, apresentaremos a seguir algumas definições de estudiosos da área: Literatura é “a expressão de conteúdos ficcionais, por meio da escrita” (MOISÉS, 2007); Literatura é “um sistema composto pela tríade obra, autor, leitor de dada época histórica” (CANDIDO, 2006); Literatura é “uma questão centralizada em aspectos textuais e de linguagem, minimizando fatores extratextuais” (SOUZA, 2005). Hoje, com a nossa imersão em um mundo extremamente midiático, precisamos rever nossas práticas pedagógicas. Não é mais viável, possível e imaginável, desconsiderarmos toda a tecnologia ao nosso redor. Devemos repensar o modo como ministramos todas as disciplinas, sobretudo essa. Primeiramente, é fundamental conscientizarmos os educandos quanto à sua importância no nosso quotidiano. Para isso, apresentamos diferentes gêneros textuais cujo recurso expressivo é a citação ou a intertextualidade de textos diversos. Vejamos o poema Enchente verbal, de Ernesto Moamba: “Ouço-te gargalhando com tua enxada de pau/rasgando a terra por uma migalha”. O educador poderia propor as seguintes questões: Qual é a sua escola literária? Qual a sua contribuição para as literaturas africanas?

Escritor moçambicano Ernesto Moamba – foto: Instagram

Também pode ser esse texto de Moamba um exemplo de material didático utilizado nas aulas para não só analisar alguma questão semântica-morfossintática como também despertar o hábito da leitura, ao sensibilizar o quanto as literaturas são utilizadas no meio midiático. Cabe ressaltarmos que, mesmo no Ensino Superior, de uma forma geral, os graduandos não conseguem perceber a alusão literária. Ao constatarmos cada vez mais isso, nos questionamos: Não tiveram aula de literaturas? Como eram as atividades? Pelo visto, a prática adotada não propiciou um conhecimento efetivo.

Atualmente, o educador da disciplina de Literaturas precisa considerar e utilizar os diversos recursos tecnológicos disponíveis a fim de despertar o interesse dos educandos de lerem e refletirem sobre como o autor retratou seu tempo. Defendemos a tese de que todos devem ler, obrigatoriamente, um livro por bimestre, independente de ser uma instituição pública ou privada. Quanto àquela, cabe ressaltar que não é justificativa dizer ser inviável, porque não comprarão o livro solicitado. Para evitar isso, sempre disponibilizamos na primeira semana do bimestre a obra em PDF no grupo do Facebook e, hoje, no Google Sala de Aula e no grupo de WhatsApp. Ao longo do bimestre, propomos atividades.

Observamos como os educandos leem hoje. Mas ao se referir às aulas e à exigência da leitura, há uma enorme resistência. É, realmente, paradoxal: adoro ler, mas as aulas de literatura e a proposta de leitura… Isso nos leva a seguinte indagação: como procedemos? qual a consequência dessa prática desmotivadora? E transmitimos paixão pelo ato de leitura?

Há um discurso clássico de que a escola “poda” o incentivo à leitura. Diante dessa constatação que atravessa os tempos, percebemos que há algo de inadequado na nossa prática. Como pode um educador desta disciplina declarar não gostar de ler? É altamente contraditório. Pior, antes, quando só aceitava a resposta de acordo com a sugerida pelo livro. É necessário que continue estimulando o hábito de leitura, dê voz aos educandos, permita-lhes expor suas ideias, suas impressões sobre o texto lido… Com os recursos tecnológicos, devemos propor alguns para as aulas a fim de conscientizar os educandos quanto a sua importância social. Para a graduação também propomos leituras diversas para perceberem a necessidade de um amplo conhecimento de mundo.

 

Definição de RECURSOS EXPRESSIVOS

Toda língua serve para estabelecer comunicação, informar o outro a respeito de algum assunto. Para isso, dependendo do tipo e gênero textual, apresenta recursos expressivos – estilísticos. Principalmente, quando a intenção comunicativa é provocar algum tipo de reação no leitor. É empregado em textos literários ou não. Por exemplo, uma estrofe do poema Sentença, de Ernesto Moamba: Minha mãe/ Sou terra seca, / Bebendo das águas dos rios / Que defecas dos teus olhos feridos… / Mãezinha”. Nesse, verificamos as metáforas.

Dessa forma, os recursos expressivos ajudam a enriquecer o texto elaborado. São eles: fonte, cor, pontuação, intertextualidade, figuras de linguagem como ironia, antítese, elipse, eufemismo e hipérbole… Através da escrita ou da oralidade, esses tornam o texto mais expressivo e criativo. Vale destacar que um dos assuntos mais cobrados na prova de Linguagens e sua Tecnologia, no ENEM: as figuras de linguagem e outros recursos expressivos. O objetivo é reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

 

Definição de RETEXTUALIZAÇÃO

Este tópico visa apresentar sequência didática, na qual os alunos fizeram a releitura de obras de Beni Dya Mbaxi em outros modos e gêneros textuais orais e escritos. Trata-se da retextualização, cuja definição é “o processo de transformação de uma modalidade textual em outra […]. Reescrita de um texto para outro, processo que envolve operações que evidenciam o funcionamento social da linguagem” (DELL’ISOLA, 2007, p. 10). As atividades permitiram que eles trabalhassem sobre estratégias linguísticas, textuais e discursivas do texto base e as projetassem em uma nova situação de interação. Os resultados indicam que cabe à educação formal criar condições para que os educandos possam conhecer e se apropriar de diferentes modalidades textuais para torná-los competentes usuários da língua portuguesa. Como referencial teórico, apoiamo-nos nas considerações de Travaglia (2013) e Marcuschi (2010) acerca desse processo, entendido, respectivamente, como tradução, numa perspectiva textual; além das reflexões dos estudiosos: Dell ‘Isola  (2007) e Matencio (2002). No caso das obras de Beni Dya Mbaxi, foi proposta uma entrevista.

 

Biografia

Beni Dya Mbaxi: colunista do blogue brasileiro “Choque Cultural Buíque” com Dica de Leitura, é CEO do movimento literário JEZ “Jovens Escritores do Zoológico”, CEO do Espaço Zuela, coordenador da Revista Punhado com o brasileiro, Guigo Ribeiro, a revista visa promover a NEGRITUDE. É autor de sete livros: Em 2018, publicou o seu primeiro livro, Quando Não Olhas Para Trás. Em 2019, A Menina da Burca, Musseque e Outras Reflexões (ensaio, 2020), Pensar Fora da Caixa e A Última Masoxi, publicado na Inglaterra, Londres. Em 2023, What Does A Black Have To Say? e Palesa no Inferno. Em 2021, recebeu o prémio da 4ª edição do Annual Global African Authors Award pela obra A Última Masoxi, na África do Sul. E semifinalista na premiação Mulher Forte African Literature 2023, no Botswana, com a obra A Última Masoxi.

 

ENTREVISTA COM BENI DYA MBAXI

Beni Dya Mbaxi – Foto: JA-Jornal de Angola

1-Quando começou a escrever?

Beni Dya Mbaxi: Na verdade, já levo jeito para escrever desde muito novo, lembro que, com os meus 12 anos de idade, escrevi a minha primeira peça teatral e, naquele período, eu já escrevia também poesias e jograis e apresentava na igreja, e também escrevia música do estilo Kuduro, um estilo musical popular angolano, feito maioritariamente pelos residentes das zonas periféricas. Mas, em 2018, já na universidade, no curso de Língua Portuguesa e Comunicação, cruzei-me com algumas disciplinas ligadas à Literatura, e pude perceber que posso dar continuidade naquilo que já vivia em mim, portanto, naquele mesmo ano, publiquei o meu primeiro livro de contos intitulado Quando não olhas para trás.

2- Como surgem as temáticas a serem abordadas nos romances?

Beni Dya Mbaxi: Normalmente, as temáticas abordadas nos meus livros surgem por intermédio das realidades que o mundo oferece, sou um artista que trabalha muito com o que se passa no mundo, tenho a certeza que a realidade é um grande desafio para um escritor, e quando os nossos livros se baseiam na realidade claramente que estamos a falar de coisas que já aconteceram, e sabemos que quando é ficção que por vezes passam por utopia, podem vir acontecer. Contundo, quero eu dizer que as temáticas dos meus livros surgem com o andar dos acontecimentos no mundo, quando posso, eu escrevo o que acontece e servem de avisos ou demonstração do que temos feito no mundo.

3- Está havendo uma proliferação de feiras literárias no Brasil e no mundo. De que forma você vê a contribuição dessa prática para a formação do leitor?

Beni Dya Mbaxi: Penso que esta proliferação das feiras literárias dão uma outra dinâmica ao mundo, falo no contexto social, é importante os cidadãos do mundo terem contatos com os livros, na verdade, a literatura é a expressão de uma sociedade, e como humanos pertencemos todos a um grupo social. Portanto, os leitores têm o mundo todo a sua frente, e acredito que eventos como estes dão crenças ao novos leitores e leitoras, podemos todos ter a certeza, que com estes tipos de práticas, formaremos mais leitores no mundo, é necessário motivação para dar início a uma atividade, e acredito que esta é uma motivação sem dimensão. E possibilita encontros de pessoas. Contudo, digo que haja mais feiras literárias no mundo.

4- Qual o espaço das literárias em um universo tão imediatista?

Beni Dya Mbaxi: Penso que, hoje, neste mundo imediatista, o espaço literário que restou, é onde estão as pessoas, tenho visto o esforço que muitos profissionais têm feito para manter vivo a cultura literária, portanto, digo que o espaço é o “lugar possível”, onde há oportunidade, falamos dos livros, embora não apreciados como deve ser, mas o importante é mesmo não deixar morrer a cultura, porque hoje cada vez mais fecham bibliotecas, mas pessoas buscando as vontades que aparecem em algures do mundo. O mundo está tão imediato que está a obrigar os amantes da literatura recriarem um espaço para adaptação do imediatismo mundial. Portanto, o nosso espaço é o lugar do possível, em outras palavras, onde há oportunidade, a gente se apresenta, a gente fala dos livros.

5- Qual mensagem você deixa para jovens leitores e escritores?

Beni Dya Mbaxi: A mensagem que deixo é, que por mais confuso que o mundo esteja, ainda há um lugar onde está registrado tudo. Para os jovens escritores, digo que devem ser mais criativos, a literatura exige criatividade, leem os clássicos, os modernos e, por fim, o que se escreve hoje, logo saberás o que tens de escrever. Para os leitores, digo que continuem desfolhando os livros e motivando os seus próximos amarem os livros.

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Outra proposta de retextualização foi com a obra A Força do Sonho (2018), de Josina Costa Viegas (Presidente da AEZA – Associação dos Escritores da Zambézia. É membro honorária do Círculo de Escritores Moçambicanos na Diáspora (CEMD), membro honorária do Movimento Internacional Lusófono (MIL) e Vice-presidente da União Hispanomundial de Escritores, em Moçambique (UHE). É Embaixadora da Visão Mundial – Zambézia.). A partir da leitura do conto cujo nome é o da obra, alunos do terceiro ano do EM propuseram um debate em sala acerca dos seus planos para o futuro.

Neste 4°B, no CEJLL/NAVERJ, várias duplas do 2° e 3°anos lerem as obras de Júlio Emílio Braz (escritor brasileiro infanto-juvenil, ganhador de diversos prêmios e graduado em História). Dentre seus temas tratados, a questão do preconceito em: Pretinha, eu? e A cor da pele. Os alunos fizeram folhetins a partir das obras lidas:

 

Considerações finais

Quanto às Literaturas Afrobrasileiras, é preciso que o professor leve o aluno a compreender tratar-se do homem no seu tempo (contexto vivenciado). A África dos países de expressão de Língua portuguesa teve diversas influências, cada um passou por um processo de colonização diferenciado. Por isso, defendemos ser Literaturas africanas. Devemos instigar a leitura dos clássicos. Trabalhar (concomitante) contemporâneas e os clássicos. Com este artigo, esperamos instigar o professor leitor a reproduzir estas práticas ou propor outras inovadoras. O importante é arriscar-se. Não temer ousar. A palavra-chave do século XXI é INOVAR.

Quanto às obras de Beni Dya Mbaxi e de Júlio Emílio Braz seus temas precisam ser discutidos em sala de aula. Em um momento social tão tenso, mundialmente, é preciso refletir sobre o respeito ao outro, os direitos humanos… É tempo de nos repensarmos e de nos reinventarmos! Sejamos resilientes!

 

REFERÊNCIAS

CANDIDO, Antonio. A literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura, v. 24, n. 9. São Paulo, 2006.

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DELL’ISOLA, R.L.P. Retextualização de gêneros escritos. Rio de Janeiro: Lucerna, 2007.

MARCUSCHI, Luiz Antônio. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: DIONÍSIO, A. P. et al. Gêneros textuais & ensino. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2010.

MATENCIO, M. de L. M. Atividades de (re)textualização em práticas acadêmicas: um estudo do resumo. SCRIPTA, Belo Horizonte, v. 6, n. 11, p. 109-122, 2º sem. 2002.

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PCN – Parâmetros curriculares nacionais, ensino médio, bases Legais. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília, 1999.

PEREIRA. Marli Hermenegilda & PALOMANES, Roza (org.). Desafios para a prática de leitura e escrita: projetos de letramento para o ensino fundamental. São Paulo: Pimenta Cultural, 2022.

PERRENOUD, P. Construir as competências desde a escola. Porto Alegre: Artes Médicas, 1999.

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_____-. A prática reflexiva no ofício de professor: profissionalização e razão pedagógica. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.

SANTOS, Edmea; ALVES, Lynn (Orgs.). Práticas pedagógicas e tecnologias digitais. Rio de Janeiro: E-papers, 2006.

SANTOS, Marcos Pereira dos & ALVES, Celso Roberto Borges (org.). A educação na contemporaneidade [livro eletrônico]: desafios pedagógicos e tecnológicos. Campina Grande: Editora Amplla, 2022.

TRAVAGLIA, L. C. Na trilha da gramática: conhecimento linguístico na alfabetização e letramento. São Paulo: Cortez, 2013. (Coleção biblioteca básica de alfabetização e letramento).

 

*Renata Barcellos é Pós-doutora em Língua Portuguesa e em Literatura Brasileira pela UFRJ. Professora do Nave/RJ e da UNICARIOCA de Língua Portuguesa. Poetisa e escritora: membro da APALA, AJEB, SCLB MA, AMT, Pen Clube, membro correspondente do Instituto Geográfico de Maranhão. Apresentadora do programa Pauta Nossa da Mundial News RJ. Fundadora do BarcellArtes. Escreve no site Facetubes sobe cultura e Jornal Terra da Gente. Autora de livros como Gramática contextualizada para concursos, o ebook Poesia Visual: Tchello d Barros: olhos de lince e Práticas pedagógicas de Português, Literaturas e Produção textual. Email: barcellartes@gmail.com